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Em Mato Grosso, 81% dos homens se cuidam mais após pré-natal
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Em Mato Grosso, pesquisa “Saúde do homem, paternidade e cuidado”, do Ministério da Saúde (MS), aponta que 81% dos pais que acompanharam o pré-natal de suas companheiras passaram a ficar mais cuidadosos com a sua saúde. Para o MS, os dados demonstram que a paternidade é a principal porta de entrada do homem na unidade de saúde para que ele também se cuide. Contudo, 37% dos entrevistados mato-grossenses não têm na sua rotina os mesmos cuidados.
No Estado, foram feitas 768 entrevistas e o levantamento apontou ainda que 75% dos pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna acompanharam o pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, nesta terceira etapa da pesquisa foram realizadas 37.322 entrevistas. A coleta de dados foi feita entre março de 2017 e março de 2018.
Segundo o MS, o objetivo é obter dados sobre o acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina nos serviços públicos de saúde, bem como levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal e nascimento da criança. “Na saúde brasileira, por barreiras socioculturais, por exemplo, diferentemente da mulher, a população masculina tende a buscar os serviços de saúde já na atenção especializada – e não no atendimento primário, por meio da promoção da saúde e da prevenção – o que traz como consequência o agravamento de doenças”, disse o coordenador da Saúde do Homem do órgão federal, Francisco Norberto Moreira da Silva.
Entretanto, o MS aponta que embora a pesquisa aponte maior conscientização em relação à saúde, devido a participação no pré-natal, ainda é alto o número de homens que não têm na sua rotina o cuidado com a saúde. Quando questionados sobre o costume de buscar os estabelecimentos públicos de saúde, 37% dos entrevistados de Mato Grosso afirmaram não ter o hábito de ir nesses locais. Desse total, 51% informaram que o desinteresse é motivado por não costuma cuidar da saúde nunca. Contudo, muitos agravos poderiam ser evitados, caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção.
A pesquisa “Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado” integra a estratégia Pré-Natal do Parceiro, presente no eixo Paternidade e Cuidado, da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), do Ministério da Saúde. A política visa qualificar a saúde da população masculina, na perspectiva de linhas de cuidado, resguardando a integralidade da atenção (primária – promoção da saúde e prevenção do adoecimento; e especializada) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme o MS, o atendimento do homem, assim como da população em geral, inicia na atenção básica (atendimento primário), pelas unidades básicas de saúde (UBS). A partir da consulta, o profissional de saúde pode encaminhar o paciente para os serviços e centros especializados, como Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), no caso da saúde bucal.
Neste mês, novembro azul, período em que é reforçada a conscientização sobre cuidados de prevenção à saúde do homem, serão intensificadas as ações de comunicação no portal e nas redes sociais do Ministério da Saúde, tv e rádio, além da realização e participação da pasta em eventos relacionados ao mês. Também já está no ar, no portal da pasta, página exclusiva voltada à saúde do homem.
Na atenção básica, a população masculina pode fazer uma série de exames de check-up, buscando a prevenção, como: sangue (hemograma e dosagem dos níveis de colesterol total e frações, triglicerídios, glicemia e insulina); aferição de pressão arterial, teste de glicemia, atualização do cartão de vacina, verificação de peso e cálculo de IMC (índice de massa corporal); e função pulmonar (indicada aos fumantes). Também integra a lista, pesquisa de antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg); teste de detecção de sífilis; e pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus da hepatite C. Esses cuidados de prevenção, devem ser feitos da infância à vida adulta e velhice.
Em 2017, no SUS, foram registrados 533 milhões de atendimentos ambulatoriais; e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares em homens. Ainda no ano passado, no âmbito da estratégia “Pré-natal do parceiro”, foram registradas 3.795 consultas e 31.732 exames de detecção do HIV e sífilis no parceiro ou na gestante.
Já o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra que em 2016, 736.842 homens morreram em todo o país. Entre as principais causas de morte estão cânceres (112.272), como de próstata, fígado, pulmonar e de pele; doenças do coração (68.018), como infarto e AVC; agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transportes (31.565); e doenças cerebrovasculares (51.753) e gripe e pneumonia (41.695).